Introdução
O próprio evangelista João declara o propósito de seu escrito: “mas estes foram escritos para que vocês creiam que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus e, crendo, tenham vida em seu nome” (João 20:31, NVI). O objetivo de João é confirmar os cristãos em sua fé em Jesus como o Messias e Filho de Deus, especialmente diante de interpretações errôneas que estavam surgindo na igreja.
A Doutrina do Verbo ou Logos
Uma das doutrinas mais distintivas do quarto evangelho é a doutrina do logos, ou do Verbo (João 1:1,14). O termo “Verbo” é empregado por João para designar a preexistência de Jesus. A falta de explicação detalhada sobre o termo sugere que ele já era conhecido do povo daquela época. A cristologia é central ao livro de João, pois a vida eterna depende de um correto relacionamento com Jesus Cristo.
A Frase “Filho de Deus”
O título “Filho de Deus”, com suas variações, é aplicado a Jesus cerca de trinta vezes no evangelho de João e aproximadamente vinte vezes em suas epístolas. Este título sinaliza uma relação especial e única entre Jesus e Deus Pai. Trata-se de uma relação natural e metafísica, não apenas moral ou ética. Embora os homens possam ser feitos filhos de Deus, Jesus foi, é, e sempre será o Filho de Deus (João 1:12; 10:30; 17:5,21).
O Título não é Messiânico entre os Judeus
Entre os judeus, o título “Filho de Deus” não era geralmente usado com referência ao Messias. A expectativa judaica do Messias era de um guerreiro semelhante a Davi. Jesus, como o Filho ideal de Deus, aplica a si mesmo este título para revelar sua relação única e especial com o Pai. Enquanto “Cristo” é um título messiânico, “Filho de Deus” é uma designação pessoal e não oficial.