A Doutrina do Espírito Santo

Introdução ao Espírito Santo

Uma das diferenças mais destacadas entre os evangelhos sinóticos e o quarto evangelho é o lugar que João dá ao Espírito Santo, especialmente no sermão do cenáculo, com seu ensino singular a respeito do Paráclito. Este artigo oferece uma visão geral da doutrina do Espírito Santo, explorando sua representação na religião helenista, os nomes dados ao Espírito Santo, e sua missão.

Pneuma na Religião Helenista

Na religião helenista, há uma grande variedade de interpretações. Os gregos geralmente pensavam no elemento mais essencial do ser humano como psyche, não pneuma. No dualismo grego, psyche é contrastada com o corpo, assim como o mundo noumenal é contrastado com o mundo fenomenal. No pensamento gnóstico, o poder era concebido como uma substância, e pneuma incluía o conceito de substância básica da vida. Deus é espiritual, e no ato da criação, parte de sua substância espiritual une-se à matéria. A redenção, então, significa o reajuntamento de todas as partículas do pneuma.

Os Nomes Dados ao Espírito Santo

Vamos considerar os nomes pelos quais é chamado o Espírito Santo. Além da designação conhecida de Espírito Santo, há ainda o Parácleto, traduzido como Consolador na versão Almeida. O termo Consolador vem de duas palavras latinas: com e fortis, significando aquele que fortalece ou conforta. O termo original Parácleto é uma palavra grega também aplicada a Jesus, e vertida pela Almeida como “advogado” em 1 João 2.1.

A Missão do Espírito Santo

Consideremos agora a missão do Espírito Santo. Sabemos que ele é uma pessoa distinta, embora intimamente relacionada com Jesus. Há três aspectos principais a considerar: sua missão em relação ao trabalho de Cristo, aos crentes, e ao mundo.

1. Em relação ao trabalho de Cristo, o Espírito Santo é enviado em nome de Jesus, com a missão de lembrar aos crentes tudo o que Jesus havia dito.

2. Em relação aos crentes, o Espírito Santo muda o fundamento ou base da fé dos homens, transferindo-a do visível para o invisível, do material para o espiritual.

3. Em relação ao mundo, como exposto em João 16.8-11, o Espírito Santo tem a missão de convencer o mundo do pecado, da justiça e do juízo, atuando como um advogado de acusação.

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