Introdução aos Filósofos Epicureus e Estóicos
No contexto de Atos 17:18, encontramos menção aos filósofos epicureus e estóicos que interagiram com Paulo. Esta passagem nos leva a explorar quem eram esses filósofos e quais eram suas principais doutrinas. Ao entender essas escolas de pensamento, podemos melhor compreender a reação deles à pregação de Paulo sobre Jesus e a ressurreição.
Filosofia Epicurista
O epicurismo, fundado por Epicuro no século IV a.C., é uma escola de pensamento que valoriza a busca pelo prazer como o bem supremo. No entanto, esse prazer não é hedonista no sentido vulgar, mas sim a busca pela ausência de dor e sofrimento, tanto físico quanto mental. Epicuro ensinava que os deuses existiam, mas não se envolviam nos assuntos humanos, e que o medo da morte e do sobrenatural eram barreiras à felicidade.
Filosofia Estóica
Os estóicos, por outro lado, foram fundados por Zenão de Cítio no início do século III a.C. Eles acreditavam que a virtude, alcançada através da razão e da conformidade com a natureza, era o bem supremo. Para os estóicos, emoções negativas surgem de erros de julgamento, e a sabedoria consiste em manter a tranquilidade e a paz interior, independentemente das circunstâncias externas. Eles também acreditavam em um logos divino que permeava o universo.
Interação com Paulo
Em Atos 17:18, os filósofos epicureus e estóicos confrontam Paulo, chamando-o de “paroleiro” e sugerindo que ele era um pregador de “deuses estranhos”. Esta reação ocorre porque a mensagem de Paulo sobre Jesus e a ressurreição contrastava fortemente com suas filosofias. Para os epicureus, a ressurreição era uma ideia estranha devido à sua visão materialista do mundo. Para os estóicos, a ideia de um Deus pessoal e uma ressurreição física também não se alinhava com sua crença no logos impessoal.
Conclusão
Compreender os epicureus e estóicos nos ajuda a contextualizar a oposição que Paulo enfrentou. Suas filosofias influenciaram fortemente o pensamento greco-romano e ainda têm relevância nos debates filosóficos modernos. A interação com Paulo revela os desafios que ele enfrentou ao apresentar a mensagem cristã a um público diversificado e filosoficamente sofisticado.