Adepto do Nome Yehoshua e Suas Variantes



   

Adepto do Nome Yehoshua e Suas Variantes: Uma Análise Crítica

O movimento “Adeptos do Nome Yehoshua e suas Variantes” (ASNYV) surgiu no Brasil por volta de 1987, embora o movimento não tenha origens exclusivamente brasileiras, já existindo grupos semelhantes em outros países, como os Estados Unidos. Essa corrente religiosa tem gerado discussões intensas, principalmente em relação ao uso do nome de Jesus, e suas doutrinas peculiares. A seguir, discutiremos as principais crenças, práticas e implicações desse movimento.

O Nome Yehoshua: Uma Alegação Divina

O cerne das crenças do ASNYV gira em torno da reivindicação de que o nome “Yehoshua” possui origem divina, e seu significado seria “Deus Salvador” (Yeho = Senhor + Shuah = Salvação). Para os adeptos, esse nome tem um vínculo direto com a salvação divina, e seria a única forma correta de se referir ao Messias. Em contraste, os seguidores do movimento rejeitam veementemente o nome “Jesus”, alegando que ele tem origem pagã e seu significado seria “Deus-cavalo” (Ye = Deus + Sus = Cavalo). Esta argumentação leva os adeptos a desconsiderarem o uso do nome Jesus por cristãos tradicionais, ligando-o, inclusive, a Esus, um deus mitológico celta, o que leva a uma comparação da fé cristã com práticas pagãs.

Doutrinas Exóticas e Controvérsias

Embora os grupos que seguem a corrente de Yehoshua não possuam um credo uniforme, diversas facções do movimento compartilham doutrinas exóticas que se distanciam das principais crenças cristãs. Algumas dessas doutrinas incluem a negação da inspiração do Evangelho de Mateus, considerando-o apócrifo, e a recusa ao nascimento virginal de Jesus, ensinando que Ele seria filho de José e Maria. A negação da Trindade também é uma característica importante desse movimento, uma vez que seus adeptos professam um credo unicista, no qual o Pai é o Filho e o Filho é o Pai, eliminando a distinção entre as pessoas da Trindade.

Outro ponto polêmico é a visão sobre o número 666, que os adeptos do movimento associam ao nome “Jesus”. Essa associação com o número da Besta, presente no Apocalipse, é um dos aspectos que mais geram controvérsias, pois remete à ideia de que a figura de Jesus estaria, de alguma forma, vinculada ao mal, segundo essa interpretação particular do texto bíblico.

A Guarda do Sábado e a Exclusividade do Nome Yehoshua

Outro ponto importante nas doutrinas dos adeptos do nome Yehoshua é a exigência da guarda do sábado como condição para a salvação. Essa prática está alinhada com o legalismo de algumas correntes do judaísmo, que consideram o sábado como um requisito indispensável para alcançar a salvação. Além disso, o movimento ensina que a salvação só pode ser alcançada por aqueles que invocam o nome Yehoshua, negando a eficácia do nome “Jesus” para a salvação. Tal crença torna-se um ponto divisivo, pois questiona a validade da fé cristã tradicional e coloca em risco a salvação de milhões de cristãos ao redor do mundo que invocam o nome de Jesus.

O Proselitismo e a Busca por Novos Adeptos

Os adeptos do ASNYV são muito ativos em seu proselitismo, buscando principalmente converter cristãos evangélicos. O movimento utiliza estratégias missionárias para propagar suas crenças, focando em comunidades que já professam a fé cristã, mas que, segundo os adeptos de Yehoshua, ainda utilizam o nome errado para se referir ao Messias. Essa busca por adeptos e a insistência em que só o nome Yehoshua oferece a verdadeira salvação são aspectos centrais para a expansão do movimento.

Conclusão: Impactos e Controvérsias

O movimento Adeptos do Nome Yehoshua e suas Variantes, ao rejeitar as tradições cristãs estabelecidas, gera uma série de controvérsias teológicas e sociais. A insistência no uso exclusivo do nome Yehoshua, a negação da Trindade, e outras doutrinas exóticas desafiam a teologia cristã histórica, colocando os adeptos em oposição às principais denominações cristãs. Além disso, o proselitismo ativo e a busca por novos membros entre os cristãos evangélicos contribuem para aumentar as tensões e divisões dentro do corpo de Cristo. Para os cristãos que buscam um entendimento tradicional da fé, as crenças do movimento são vistas como heréticas e distorcidas, com interpretações que fogem do entendimento bíblico ortodoxo.

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