O conceito de indústria cultural foi desenvolvido pelos filósofos alemães Theodor Adorno e Max Horkheimer, no contexto da Escola de Frankfurt, para criticar a produção e a difusão de bens culturais na sociedade capitalista. Segundo eles, a indústria cultural é um sistema que visa padronizar e manipular as manifestações artísticas, intelectuais e científicas, transformando-as em mercadorias que atendem aos interesses do mercado e da ideologia dominante.
A indústria cultural opera por meio de meios de comunicação de massa, como o cinema, a televisão, o rádio, a música, a literatura, entre outros, que são controlados por grandes corporações que buscam o lucro e a dominação. Esses meios de comunicação produzem e reproduzem conteúdos que seguem fórmulas prontas e simplificadas, que não estimulam o pensamento crítico e a criatividade, mas sim a passividade e a alienação dos consumidores.
Adorno e Horkheimer afirmam que a indústria cultural cria uma falsa consciência nos indivíduos, que passam a aceitar acriticamente os valores e as normas impostos pela sociedade. Além disso, a indústria cultural promove uma homogeneização da cultura, que perde sua diversidade e sua capacidade de resistir e transformar a realidade.
Para os autores, a indústria cultural é uma forma de dominação ideológica que se disfarça de entretenimento e lazer, mas que na verdade serve para manter o status quo e impedir o desenvolvimento da emancipação humana.