O islamismo é uma das maiores religiões do mundo, com uma base que remonta ao século VII. A palavra “islamismo” provém do árabe “islão”, que significa “submissão”. Essa religião é fundamentada na ideia de submissão à vontade de Deus, Alá, e tem como seu último e mais importante profeta Maomé, que viveu na Arábia. Sua missão foi unificar as tribos árabes sob uma única fé, criando a base para o Islã.
A História e Fundamento do Islamismo
A origem do islamismo está intimamente ligada ao evento histórico conhecido como a Hégira, que aconteceu em 632 d.C., quando Maomé fugiu de Meca para Medina, marcando o início da era islâmica. Maomé, um comerciante árabe, alegava ter recebido revelações do anjo Gabriel, que lhe ditou as palavras do Alcorão, o livro sagrado do Islã. A mensagem central do Islã é a declaração de fé conhecida como Shahada, que resume a crença de que “Não há outro Deus além de Alá, e Maomé é o seu profeta”.
Os Cinco Pilares do Islã
A prática religiosa no islamismo é estruturada em torno dos cinco pilares fundamentais, que são os atos de devoção essenciais para todos os muçulmanos. Estes pilares são:
- Shahada: A declaração de fé, que é pronunciada por qualquer muçulmano como uma confissão fundamental. Ela afirma a unicidade de Alá e reconhece Maomé como Seu último profeta.
- Salat: São as orações diárias realizadas cinco vezes ao dia. Os muçulmanos devem rezar ao amanhecer, ao meio-dia, à tarde, ao anoitecer e à noite, preferencialmente em congregações nas mesquitas.
- Zakat: A doação de 2,5% da renda anual para fins de caridade, como uma forma de purificação e ajuda aos necessitados. Esse ato é uma obrigação religiosa e social para os fiéis.
- Sawm: O jejum durante o mês sagrado do Ramadã, que implica abstenção de comida, bebida e relações sexuais do amanhecer ao pôr-do-sol. O jejum simboliza a disciplina e a devoção a Alá.
- Hajj: A peregrinação a Meca, que deve ser realizada ao menos uma vez na vida de todo muçulmano que tenha condições físicas e financeiras para isso. O Hajj é um ato de grande importância espiritual, realizado nos arredores da Kaaba, o santuário sagrado em Meca.
Visão do Islã sobre Jesus e Outros Aspectos
Embora o islamismo tenha raízes no judaísmo e cristianismo, ele oferece uma visão distinta sobre figuras centrais dessas religiões. Jesus, no Islã conhecido como Isa, é altamente respeitado como um profeta, mas não é reconhecido como o Filho de Deus. A ideia de Jesus como divino é considerada blasfêmica no Islã. A visão islâmica do fim do mundo também compartilha algumas semelhanças com o cristianismo e o judaísmo, incluindo a crença no juízo final, no céu e no inferno, mas com definições próprias de cada conceito.
Influências Judaico-Cristãs e Elementos Exclusivos do Islã
O Islã incorporou muitas doutrinas de religiões anteriores, como o judaísmo e o cristianismo, mas também introduziu conceitos e práticas próprias. Por exemplo, os muçulmanos acreditam na existência de anjos e demônios, e possuem uma forte ênfase na providência divina. As escrituras islâmicas também incluem elementos escatológicos, como a crença na ressurreição e o julgamento de todos os seres humanos no final dos tempos.
Conclusão
O islamismo, com sua crença em um Deus único e a centralidade de Maomé como Seu último profeta, segue sendo uma das religiões mais influentes do mundo. Seus cinco pilares estruturam a vida religiosa de seus seguidores e garantem que a fé seja vivida de forma prática no dia a dia. A expansão e o impacto do Islã ao longo dos séculos demonstram sua importância histórica e contínua relevância no cenário global.
