Cânticos 2 – Almeida Revista Atualizada 1993

1  Eu sou a rosa de Sarom, o lírio dos vales.

2Qual o lírio entre os espinhos, tal é a minha querida entre as donzelas.

3¶ Qual a macieira entre as árvores do bosque, tal é o meu amado entre os jovens; desejo muito a sua sombra e debaixo dela me assento, e o seu fruto é doce ao meu paladar.

4Leva-me à sala do banquete, e o seu estandarte sobre mim é o amor.

5Sustentai-me com passas, confortai-me com maçãs, pois desfaleço de amor.

6A sua mão esquerda esteja debaixo da minha cabeça, e a direita me abrace.

7Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém, pelas gazelas e cervas do campo, que não acordeis, nem desperteis o amor, até que este o queira.

8¶ Ouço a voz do meu amado; ei-lo aí galgando os montes, pulando sobre os outeiros.

9O meu amado é semelhante ao gamo ou ao filho da gazela; eis que está detrás da nossa parede, olhando pelas janelas, espreitando pelas grades.

10O meu amado fala e me diz: Levanta-te, querida minha, formosa minha, e vem.

11Porque eis que passou o inverno, cessou a chuva e se foi;

12aparecem as flores na terra, chegou o tempo de cantarem as aves, e a voz da rola ouve-se em nossa terra.

13A figueira começou a dar seus figos, e as vides em flor exalam o seu aroma; levanta-te, querida minha, formosa minha, e vem.

14¶ Pomba minha, que andas pelas fendas dos penhascos, no esconderijo das rochas escarpadas, mostra-me o rosto, faze-me ouvir a tua voz, porque a tua voz é doce, e o teu rosto, amável.

15Apanhai-me as raposas, as raposinhas, que devastam os vinhedos, porque as nossas vinhas estão em flor.

16O meu amado é meu, e eu sou dele; ele apascenta o seu rebanho entre os lírios.

17Antes que refresque o dia e fujam as sombras, volta, amado meu; faze-te semelhante ao gamo ou ao filho das gazelas sobre os montes escabrosos.

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